ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS: Atenção ao seu consumo!

O consumo de alimentos ultraprocessados participa da dieta brasileira desde a década de 80, e, atualmente, vem apresentando aumento expressivo de consumo desde a população infantil até idosa.


  O novo Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado no final do ano passado, propõe dividir os alimentos em quatro categorias segundo seu grau de processamento:  
  • In natura ou minimamente processados:
Alimentos in natura em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, são a base para uma alimentação nutricionalmente balanceada e saborosa. São obtidos diretamente de plantas ou de animais e são adquiridos para o consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. Exemplos: frutas, legumes, verduras, raízes, tubérculos e ovos.  
  Alimentos minimamente processados correspondem a alimentos in natura que foram submetidos a processos de limpeza, moagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento e processos similares que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento original. Exemplos: arroz, feijão e leguminosas em geral, cogumelos frescos ou secos, frutas secas, sucos de frutas sem adição de açúcar ou outras substâncias, castanhas, farinhas, macarrão ou massas frescas ou secas, carnes de gado, de porco e de aves e pescados frescos, resfriados ou congelados, leite pasteurizado, ‘longa vida’ ou em pó, iogurte (sem adição de açúcar).    
  • Óleos, gorduras, sal e açúcar:
São produtos extraídos de alimentos in natura ou da natureza por processos como prensagem, moagem, trituração, pulverização e refino. Exemplos: Óleos em geral, azeite, manteiga, banha de porco, gordura de coco, açúcar refinado, demerara ou mascavo, sal refinado ou grosso.    
  • Alimentos processados:
São fabricados pela indústria com adição de sal ou açúcar ou outra substância de uso culinário como óleo ou vinagre, adicionados aos alimentos in natura para torna-os duráveis e mais agradáveis ao paladar. Exemplos: conservas de alimentos preservadas em salmoura ou em solução de sal e vinagre, frutas inteiras preservadas em açúcar, carnes acondicionada em sal e peixes acondicionados em sal ou óleo, queijos feito de leite e sal (e alguns microrganismo usado para fermentar o leite), pães feito de farinha de trigo, água, sal e leveduras para fermentar a farinha.    
  • Alimentos ultraprocessados
São formulações da indústria, feitos em sua maioria ou totalmente a partir de ingredientes e aditivos e contendo pouco ou nenhum alimento in natura. Exemplos: refrigerantes, bebidas energéticas, salgadinhos, bolachas recheadas, guloseimas, suco em pó, embutidos, produtos congelados pronto para aquecer, produtos desidratados como: macarrão instantâneo, sopa em pó, mistura para bolos, tempero pronto.
 

E a cada ano, é lançada uma variedade de produtos ultraprocessados pelas indústrias alimentícias!


 

Por que devemos evitar os ultraprocessados?

  Esses alimentos são pobres em fibras, suas características estimulam o consumo excessivo de calorias. Não há quantidades significativas de vitaminas, minerais e outras substâncias que estão presentes nos alimentos in natura. Além de apresentarem maior quantidade de sódio, açúcar, gordura totais e saturadas, que tem função de estender a duração desses produtos e intensificar o sabor, ou mesmo para encobrir sabores indesejáveis como de aditivos ou substâncias acrescentadas pelas indústrias. Pelo exposto, alimentos ultraprocessados favorecem doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer, além de contribuir para o aumento de sobre peso e obesidade.
 

Atenção

O problema principal dos alimentos ultraprocessados é o risco de serem vistos como produtos saudáveis. A publicidade desses produtos explora suas alegadas vantagens (“menos calorias”, “adicionado de vitaminas e minerais”), além de serem atrativos para os olhares do público.  Atenção ao marketing vinculado a esses tipos de alimentos, especialmente ao público infantil, pois além de serem propagandas agressivas, vinculam diversão e brindes a alimentos muito pouco nutritivos.
 

Saciedade x Atenção ao que se come!

  A maioria dos alimentos ultraprocessados é pensada para ser consumida em qualquer lugar e sem a necessidade de pratos, talheres e mesas. É comum o seu consumo enquanto se assiste a programas de televisão, na mesa de trabalho ou andando na rua, o que atrapalha os mecanismos de saciedade do nosso organismo, consequentemente, o consumo desses tipos de alimentos acaba sendo elevado.
 

Por isso, atenção aos rótulos dos alimentos! Evite produtos ultraprocessados e faça dos alimentos in natural ou minimamente processados a base da sua alimentação.

Publicado em 28/03/24